O Som Único do Zen
- Postado por Maria Afonso no ICA
A tradição Zen fala do monge Kakua, que habitava no Monte Huei. Este antecessor de Eisai Zenji, tinha ficado muito tempo na China e, naquela época a aristocracia do Japão passou a se interessar pela cultura chinesa. Conta-se que foi chamado pelo Imperador para explicar a essência do Zen, em uma breve audiência que seria oferecida à Corte. Assim que Kakua chegou ao Palácio Imperial, foi encaminhado ao salão aonde conselheiros, cortesãos e convidados esperavam, junto ao monarca, ansiosos para ouvir o que era o Zen.
O monge se curva diante o Imperador, e em silencio, fica ouvindo os questionamentos de todos; todos queriam uma grande demonstração. Foram muitas perguntas e, com um gesto, o monge pede a audiência que espere. Todos estavam curiosos para ouvir o relato e o monge fica imóvel, em silêncio diante de todos, o que desencadeia um murmurio intenso, já que as pessoas que alí estavam achavam um enorme desrepeito à eles a ao Imperador.
O murmurio se torna um barulho insuportável, quando Kakua tira das dobras de seu robe uma flauta de bambu. Com muita reverencia e concentração, ele coloca-a na boca, e após uma lenta respiração, sopra, emitindo uma nota longa .
Este som faz com que todos se calem, todos apresentam uma expressão de atordoamento e surpresa em suas faces; não existe mais arrogância e sim uma sensação que não podia ser explicada pelos convidados. O silêncio se faz, não apenas no salão, mas em todo o palácio. Após o som único, a pausa; o tempo parecia ter parado, todos experimentavam uma sensação única.
Este som faz com que todos se calem, todos apresentam uma expressão de atordoamento e surpresa em suas faces; não existe mais arrogância e sim uma sensação que não podia ser explicada pelos convidados. O silêncio se faz, não apenas no salão, mas em todo o palácio. Após o som único, a pausa; o tempo parecia ter parado, todos experimentavam uma sensação única.
O Zen não pode ser explicado; esta foi a maneira que Kakua achou para demonstrar o Zen, num breve periodo de tempo, como queria o Imperador.
O monge, após sua demonstração, guarda a flauta e se curva perante o Imperador. Enquanto todos estão absortos, com a mente na pausa, ele sai do salão, voltando para o Monte Huei. Nunca mais se ouviu falar dele.
Boa Reflexão.
Oss.
Baseado em artigos sobre Zen e Suizen.
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