Dois sóis se alinham nos espaços infinitos e tocam o universo do aqui...
A lua, bonita, cheia e preenchida com as vibrações do amor é coração da noite... É iluminação nos caminhos... É inspiração nos destinos.
Reunidos na cabana da aceitação, os abraços chegam felizes e partilham a saudade das muitas moradas. Partilham o reencontro das tribos nos espaços sagrados da vida e a sutileza de se sentir...
Parte de si mesmo... Partes do outro... E parte mergulhada no Eterno Grão Indivisível!
O coração abraça o coração, assim como o sol abraça o outro sol, no alinhamento dos sentimentos.
O beijo toca a face e a alma, assim como a luz ilumina a lua de nossas noites, mostrando nosso céu noturno e nossos mistérios.
Diante de nossos olhos está o tambor-coração... E em nossas mãos e em nossas vozes a extensão de nós mesmos, de nossos sentimentos, intenções e mágicas integrações...
Segurando a baqueta das transformações - a consciência das mudanças - vibra o ritmo dos eternos círculos de crescimento... Tocamos a vida... Tocamos nossos sonhos... Tocamos nossa canção em honra aos antigos, em honra aos presentes, em honra aos futuros.
Sim, o som da cura reverbera pelo espaço sagrado... Somos visitados pela dança invisível dos ancestrais, pela danças dos animais, dos espíritos da natureza e dos seres do tambor.
É, uma força renasce nos tempos fora dos tempos e nutre, contagia e eleva.
A intuição e as energias florescem como canção no desabrochar das pétalas de gratidão. São mensageiros do coração que pavimentam os caminhos da beleza nos sons da paz, do amor e da alegria.
No meio do tambor, no centro de tudo, as cores da aurora boreal, as cores das almas que se misturam e faz do agora ser mais lindo do que o outrora.
E assim os espíritos do vento distribuem as qualidades positivas às quatro direções, aos quatro portais; no alto, no meio e no profundo da evolução que todos sejam beneficiados! Que todos sejam felizes!
A DANÇA DO TAMBOR NO CORAÇÃO!
Lembram das curvas e pedras, a caminho do sol, na subida à montanha?
Recordam, agora e além dos tempos, das lições silenciosas do caminho sagrado?
Quando desprendidos de tudo o que pensavam, dançavam, na entrega ao Grande Coração!
Sim, os espíritos ancestrais estavam e dançavam, estão e dançam, a mesma dança!
Caminham de mãos dadas no labirinto de suas próprias vidas, pelas noites e dias.
Esperam, confiantes, o raiar, o nascer do sol, por detrás das velhas montanhas...
Sol que não nasce apenas para além das montanhas e sombras... mas também no mais profundo dos corações.
Transpõem suas energias e faz brilhar em seus olhos e espíritos, como que tocados pelo fogo da Primeira Vida e assim todas as suas dádivas são resgatadas.
O tambor do coração chama, assim como a própria chama, encanta...
Os dias para a dança da vida e a Vida,
As noites para a dança dos sonhos e os Sonhos,
Os espíritos para dança do Grande Espírito, Wanka Tanka!
Alguns sentem, outros vêem, escutam e sonham, movimentam-se no Bem...
Todos dançam além das trilhas em direção à águia, suas visões, suas garras e asas, seus vôos...
Dançam pelo amor, pela luz, pela paz, começando no calor de seus próprios corações.
Dança que pulsa, se expande, toca todo o planeta, curando, vibrando, amando!
Então chega um ponto em que tornamo-nos;
Mais espíritos do que corpos,Mais essência do que gestos,
Mais nós mesmos do que qualquer outra coisa.
E as vozes do tambor,
Tocam forte, cheios do viva, cheios do nato, cheios do Todo!
Na sutil dança do coração, entusiasmados, seguem...
Conduzidos à uma dimensão suprema e próxima.
Onde esquecemos:
Nossos próprios sofrimentos,
Nossas várias formas de fome.
Nossas muitas marcas e dores.
Onde estamos presentes,
Entregues, para além de nós mesmos,
E todos os passos tornando-se compaixão!
Muita paz, energia, cura, amor e luz!
Mitakuye Oyassin!
Por todas as nossas relaçoes!
Fonte - www.stum.com.
Oliver Shanti Water
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