Seríamos capazes de detectar vida em um planeta prestes a morrer?
O astro-biólogo Jack O’Malley-James, da Universidade de St. Andrews em Fife, Escócia, e seus colegas, estão preocupados sobre como os planetas habitáveis poderiam parecer em idade avançada. Além disso, sua equipe também quer saber por quanto tempo poderemos detectar a vida em tais planetas, durante o curso de seu período habitável.
Para encontrar as respostas, O’Malley-James rodou alguns modelos computacionais de vários climas e biosferas de possíveis exoplanetas, inclusive aqueles que têm aproximadamente 2,8 bilhões de anos a mais do que a Terra.
Como suas pesquisas apontam, a diversidade de vida e tamanhos populacionais seriam significativamente reduzidos durante os estágios finais de um planeta. A morte da biosfera do planeta começaria com a degradação do planeta, seguida por temperatura que se elevam e o subsequente desgaste das rochas carregadas de sílica, conhecidas como silicatos. A próxima fase seria a extinção de todos os animais, desde os grandes vertebrados, até os pequenos. Os invertebrados seriam os últimos a morrer. De forma fascinante, um planeta habitável teria sua conclusão muito similar ao seu início, ou seja, um planeta repleto de micro organismos.
Escrevendo para a Astrobiology Magazine, Charles Q. Choi explica como estas mudanças poderiam influenciar a ‘detectabilidade’ de um planeta:
- Os cientistas calcularam que a extinção das plantas mais avançadas diminuiria o oxigênio na atmosfera, bem como os níveis de ozônio, para concentrações não detectáveis pelos astrônomos, por aproximadamente 1,11 bilhões de anos de agora. Ainda assim, esta queda em oxigênio poderia significar que níveis de compostos isoprenos voláteis poderiam se acumular no ar, potencialmente servindo como uma bio-assinatura até que as plantas se extinguirem. O isopropeno é uma substância biológica que normalmente tem um tempo de vida muito curto, já que ele reage rapidamente com o oxigênio.
- A morte das plantas e animais também geraria grandes quantidades de material em decomposição e liberaria compostos na atmosfera, tais como o metanitiol. Este gás é somente conhecido a partir das fontes biológicas, embora a luz solar rapidamente o decompõe. O gás resultante, etano, poderia servir como uma bio-assinatura potencial, até que todas as plantas e animais estivesse extintos.
- O Metano poderia também ser um bio-marcador, quando todos os outros gases bio-marcadores se tornassem indetectáveis na atmosfera de um planeta prestes a morrer.
Uma outra consideração, é claro, seria a influência de extraterrestres inteligentes sobre a biosfera, inclusive com níveis elevados de dióxido de carbono. Mas O’Malley mencionou que “é certamente possível que a vida inteligente possa ter um papel na facilitação destas mudanças para um evento futuro, talvez por alguma forma de geo-engenharia… ou mesmo o ato de se mover um planeta para fora de sua órbita, até uma posição mais fria. Predizer o que isso iria causar na bio-assinatura de um planeta seria um grande desafio, mas isto simplesmente poderia fazer com que a biosfera parecesse mais jovem do que esperaríamos, dada a idade do planeta“.
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Fonte: io9.com
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