Senhor da Vida e do Amor!

• Postado por Ismaeld de Almeida em ICA

Senhor da Vida e do Amor!

 

Ismael de Almeida no ICA

Tudo eu já te dei!

Eu caminhei pelos espinhais da vida, conheci difíceis e tortuosos caminhos, e mesmo nos momentos mais tormentosos, eu te dei o meu amor!

A lamparina que me destes, a levei às trilhas escuras em noites frias, para iluminar os passos dos meus irmãos, como tu pedistes, e nunca te desobedeci, Ó  Senhor, do Eterno Amor!

Percorri as rotas escaldantes dos desertos, levando alforjes de água para os caminhantes perdidos, e os servi com bondade e solicitude como tu pedistes, Ó Mestre do Eterno Amor!

Levei agasalho para os desnudos, mão amiga para os extraviados, sorrisos para os filhos do desencanto, em rudes palmilhadas, tendo como canção apenas o rangido das folhagens, o som do vento frio, o bramido das tempestades, o calor escaldante dos dias abrasadores, nas trilhas ermas só trilhadas pelos filhos de ninguém!

Nas minhas horas solitárias e tristes, orando à luz das estrelas, meu pensamento voava nas asas do teu amor, para levar lenitivo aos filhos da sofreguidão, aqueles que nunca receberam a ternura de uma flor!

Eu procurei estender uma rede invisível chamejada de luz das estrelas, para atenuar o sofrimento amargurado dos filhos do calvário, para levar a eles a palpitação radiosa do teu Infinito Amor!

Eu busquei acender uma vela nas sombras, construir cabanas de bondades para abrigar os filhos da necessidade, que nem mais FÉ tem, porque a esperança já morreu em seus corações desiludidos!

Eu busquei os desamparados no contorno triste da periferia das cidades douradas, onde faltam o lume, o pão e o leito para crianças pobres, de olhar tristonho, filhos de mães sôfregas, de costado encarquilhado, pelo peso do sofrimento, e pelo desdém, os únicos companheiros que lhes fazem companhia!

Que mais posso te dar SENHOR, se tudo já te dei?

Ouvi tuas doces palavras, que chegaram a minha alma como um canto longínquo de pássaro solitário, chamando a sua amada companheira, que morreu no vendaval que derrubou a encosta da montanha quando ele foi salvar o seu ninho!

Senhor!

Tenho fome e sede do teu amor!

Eu quero despojar o bem que carrego comigo, para mais leve carregar o irmão caído!

Eu quero asas para voar na amplidão e trazer flores dos jardins celestiais para dulcificar a dor do meu irmão!

Jesus!

Para ti todo o meu amor!