Ou nos Unimos Agora como Um Time ou Morreremos como Indivíduos!!! -

• Postado por Sonia Ollé em O.U.S.E

Ou nos Unimos Agora como Um Time ou

Morreremos como Indivíduos!!!

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Quando envelhecemos, percebemos que perdemos algumas coisas. Isso faz parte da vida, mas só percebemos isso, quando começamos a perder coisas.

Descobrimos que a vida é este jogo de centímetros. Tal como o futebol. Porque em ambos os jogos, vida ou futebol, a margem de erro é tão pequena que meio passo tarde demais ou cedo demais nos coloca fora da jogada.

Meio segundo lento demais ou rápido demais e já saímos da melhor posição. Os centímetros estão à nossa volta. Em cada oportunidade de jogo. Em cada minuto. Em cada segundo.

Neste jogo lutamos por este centímetro. Nesse jogo, nós e todos à nossa volta, fazem de tudo por este mesmo centímetro.

Corremos com toda a nossa garra por este centímetro, porque sabemos que alcançá-lo fará toda a diferença entre ganhar e perder ou entre viver e morrer.

Em qualquer luta, é aquele que está disposto a morrer que irá ganhar. Nós sabemos que se ainda nos resta vida, é porque ainda estamos dispostos a lutar e morrer por este centímetro.

Porque viver é isto! Nós estamos dispostos a correr cada centímetro junto com você e fazemos isso porque sabemos que quando precisarmos de você, estará disposto a sacrificar-se também por nós.

Essa é a definição de um time!

Ou nos unimos agora como um time ou morreremos como indivíduos.

Isto é Insistimento, meus amigos.

Isto é a vida!*

Aconteceu comigo e também deve ter acontecido com você. Em determinado momento da vida, as situações começaram a pedir que tomássemos uma posição.

Era ainda adolescente quando tudo começou a acontecer ao mesmo tempo. Tinha que escolher uma profissão, saber o que fazer da vida, enquanto ao mesmo tempo sentia medo e vontade de crescer.

Era algo estranho, confuso, mas que acontecia todos os dias. Num determinado momento estava na sala de aula de um colégio de bairro e em outro num ônibus vindo do centro às dez da noite depois de um dia de trabalho, numa profissão que aconteceu na minha vida.

Sentia saudades do tempo em que não precisava de dinheiro no bolso ou me preocupar com o que ia ter na mesa no dia seguinte para comer.

Ao mesmo tempo, me sentia responsável por ter que contar moedas para decidir o que comprar e o que não comprar.

Era um indivíduo finalmente! Estava enfim separado dos pais, dos grupos e das pessoas. Mas o que isso contribuiu para a minha vida? Creio que nada.

Precisava ser melhor que os outros. Correr mais que os outros. Jogar a bola mais alto que os outros. Estudar mais que os outros. Tirar melhores notas e fazer a pontuação maior naquele concurso.

Tinha que me manter atualizado para que ninguém passasse à minha frente. Amigos? Não os tinha apesar de conservar uma relativa aparência de amizade por eles.

O que verdadeiramente tinha, eram concorrentes que educadamente tratava como amigos. Não tinha ninguém e nem a mim mesmo.

Acumulei competências, experiências e preconceitos e só o que fiz foi me fechar dentro do meu mundo para sofrer da melhor forma que pudesse aprender como não sofrer.

Foi assim, até enxergar no mundo um time.

Ou melhor, compreender que nós, cada um, é parte de um grande time. Talvez eu não lhe ajude em nada.

Talvez esse texto só sirva mesmo para me ajudar a me entender melhor e a entender o mundo de uma forma menos superficial.

Porém, se deixo de escrever, se deixo de falar e se deixo de fazer o mínimo que posso fazer por mim, você fica sem mais um material para criticar, pontuar e refletir.

Essa é a vida.

Não sabemos nada, não temos nada e sequer contribuímos com nada, mas existimos.

Existimos para existir e sermos como a flor que só é notada, mas nada faz a mais do que ser apenas e somente uma flor.

Pare. Isto mesmo.

Pare. Olhe ao seu redor. Onde está?

O que vê? O que sente?

Pare. Respire. Pare.

Mantenha parada a sua mente. Mantenha quieto o seu corpo. Deixe as palavras mergulharem dentro de você e fazerem o seu trabalho.

Deixe o seu coração dar a resposta sobre o que você é e o que tem que fazer. Não se preocupe. Se ocupe de você mesmo. Isso mesmo. Agora pare.

Somos o mar e ao mesmo tempo suas ondas.

Enquanto ondas, estamos individualizados, pois nos chamam de ondas apesar de fazermos parte do mar.

Nascemos lentamente, crescemos com força, nos tornamos grandes e morremos no ápice da nossa manifestação quando tocamos a realidade.

Quando tocamos a realidade, retornamos para onde nunca saímos. Retornamos ao mar. E se existe algo que como onda devemos escutar, é a voz do vento que sopra nos nossos ouvidos e nos conduz para a nossa plena manifestação, como ondas, partes do mar, mas sempre mar.

Soneto do mar profundo

"Nas profundezas do oceano um dia irei te encontrar
Mesmo que hoje você caminhe para outro lado,
Verei teu rosto novamente
Por mais que você queira hoje me abandonar

Em cada veia do meu corpo
Em cada respirar da minha vida
É você que está junto comigo
E é em você que encontro meu conforto

Sirvo de apoio para teus sonhos
Sirvo de fenômeno para tuas experiências
Confronto-te a cada momento
Para que nunca sintas abandono

Seja ti quem fores,
Todos, Somos Todos, simples flores!!!"

VIVAMOS

Esqueça quem você é e lembre-se de quem eu sou.

Lembre-se de quem seus pais são, seus familiares, seus amigos e colegas.

Seja abundante no seu pensar.

Dê tudo que tem e principalmente o seu talento, o seu amor por você.

Permita-se doar-se cada vez mais para ser aquilo que só você é. Mova-se. Deixe outros surfarem em você.

Dê apoio para eles se divertirem.

Ajude-os a se manterem saudáveis.

Aja na sua plenitude.

Conserve-se forte, amável e tolerante.

Deixe o mundo cair sobre você e viva dando tudo que tem para construir os seus sonhos.

Que a gota de lágrima de cada pensamento triste, torne-se ondas para cada pensamento amoroso desabrochar.

Ame, empreenda, não pelos outros e nem por você, mas para permitir o mar fluir novamente entre as suas barragens.

Não morremos.

Vivemos.

Nunca morremos.

Sempre vivemos.

Deixe a chama do empreendedorismo explodir no seu coração e viver.

Somos um time!

Lembremo-nos disso, sempre!

* Texto adaptado do discurso de Al Pacino no filme 

Um Domingo Qualquer

Músicas da versão em áudio deste post:

• blur – song 2
• Keb’ Mo’ – better man
• The Cinematic Orchestra – Arrival of the birds
• Yiruma – Time Forgets

Autor: Marcos Rezende
Áudio: Leandro Branquinho

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Fonte: http://www.insistimento.com.br

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