A poucos dias de atingir o periélio, o cometa C/2010 X1 Elenin nem de longe lembra o vigoroso objeto que durante meses despertou a curiosidade do público. Novas imagens feitas por astrônomos amadores mostram que o cometa está se rompendo e deverá se desintegrar nos próximos dias.
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As cenas acima foram registradas pelo astrônomo amador Michael Mattiazzo, e mostram forte escurecimento da cauda e do núcleo cometário entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro. Quando a imagem de 29 de agosto foi obtida já era nítida a queda do brilho do cometa quando comparada a observações feitas anteriormente. Na ocasião Mattiazzo já especulava sobre a possibilidade de Elenin não chegar inteiro ao periélio do dia 10 de setembro.
O descobridor do cometa, Leonid Elenin, também concorda com as observações de Mattiazzo. Elenin sustentou sua tese através de um gráfico em que apresenta 10 cometas que se aproximaram a menos de 75 milhões de quilômetros do Sol. No gráfico, baseado na magnitude e distância, os objetos vistos à esquerda da linha vermelha se romperam antes de alcançar o periélio enquanto o lado direito é considerado uma área segura.
O gráfico foi obtido através do modelo criado pelo astrônomo J. Bortle e segundo Elenin, foi bastante preciso para estimar a possibilidade de rompimento dos objetos apresentados. Nele, o cometa C/2010 X1 é plotado em amarelo quando se estima sua magnitude através de observações visuais e em azul quando se usa a magnitude informada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL.
Se forem consideradas as observações visuais, Elenin já pode ser considerado um cometa em fase de desintegração.
A imagem do dia 2 de setembro apresenta uma coma de condensação praticamente inexistente, o que pode significar que Elenin se rompeu em diversos pedaços, alguns deles não maiores que algumas centenas de metros.
É importante notar que a ruptura de um cometa quando se aproxima do Sol não é um fenômeno raro, mas não é comum de ser observada em cometas próximos à Terra. Mesmo se partindo, os inúmeros fragmentos deverão prosseguir na órbita anteriormente calculada, ao mesmo tempo que os pedaços maiores continuarão a se quebrar.
Ao que tudo indica, é bastante improvável que Elenin possa ser visto no mês de outubro, quando deverá atingir a menor distância com a Terra, a 35 milhões de quilômetros.
Por ora, a melhor coisa a fazer é aguardar pelo dia 23 de setembro, quando o cometa deverá surgir nas lentes do coronógrafo do telescópio espacial Soho. Os resultados dessa observação é que vão determinar como C/2010 X1 poderá ser visto em outubro, mas no entender de seu descobridor a jornada de Elenin parece estar chegando ao fim.
No topo, comparativo de imagens mostra abrupta queda de brilho nas componentes cometárias de C/2010 X1. Na sequência, gráfico mostra possível desintegração de Elenin baseada no modelo astrônomo J. Bortle. Acima, imagem do cometa Elenin registrada em 3 de setembro pelo astrônomo John Drummond, confirmando a queda de brilho do cometa. Crédito: Michael Mattiazzo/Leonid Elenin/John Drummond, Apolo11.com.
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As cenas acima foram registradas pelo astrônomo amador Michael Mattiazzo, e mostram forte escurecimento da cauda e do núcleo cometário entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro. Quando a imagem de 29 de agosto foi obtida já era nítida a queda do brilho do cometa quando comparada a observações feitas anteriormente. Na ocasião Mattiazzo já especulava sobre a possibilidade de Elenin não chegar inteiro ao periélio do dia 10 de setembro.
O descobridor do cometa, Leonid Elenin, também concorda com as observações de Mattiazzo. Elenin sustentou sua tese através de um gráfico em que apresenta 10 cometas que se aproximaram a menos de 75 milhões de quilômetros do Sol. No gráfico, baseado na magnitude e distância, os objetos vistos à esquerda da linha vermelha se romperam antes de alcançar o periélio enquanto o lado direito é considerado uma área segura.
O gráfico foi obtido através do modelo criado pelo astrônomo J. Bortle e segundo Elenin, foi bastante preciso para estimar a possibilidade de rompimento dos objetos apresentados. Nele, o cometa C/2010 X1 é plotado em amarelo quando se estima sua magnitude através de observações visuais e em azul quando se usa a magnitude informada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL.
Se forem consideradas as observações visuais, Elenin já pode ser considerado um cometa em fase de desintegração.
A imagem do dia 2 de setembro apresenta uma coma de condensação praticamente inexistente, o que pode significar que Elenin se rompeu em diversos pedaços, alguns deles não maiores que algumas centenas de metros.
É importante notar que a ruptura de um cometa quando se aproxima do Sol não é um fenômeno raro, mas não é comum de ser observada em cometas próximos à Terra. Mesmo se partindo, os inúmeros fragmentos deverão prosseguir na órbita anteriormente calculada, ao mesmo tempo que os pedaços maiores continuarão a se quebrar.
Ao que tudo indica, é bastante improvável que Elenin possa ser visto no mês de outubro, quando deverá atingir a menor distância com a Terra, a 35 milhões de quilômetros.
Por ora, a melhor coisa a fazer é aguardar pelo dia 23 de setembro, quando o cometa deverá surgir nas lentes do coronógrafo do telescópio espacial Soho. Os resultados dessa observação é que vão determinar como C/2010 X1 poderá ser visto em outubro, mas no entender de seu descobridor a jornada de Elenin parece estar chegando ao fim.
No topo, comparativo de imagens mostra abrupta queda de brilho nas componentes cometárias de C/2010 X1. Na sequência, gráfico mostra possível desintegração de Elenin baseada no modelo astrônomo J. Bortle. Acima, imagem do cometa Elenin registrada em 3 de setembro pelo astrônomo John Drummond, confirmando a queda de brilho do cometa. Crédito: Michael Mattiazzo/Leonid Elenin/John Drummond, Apolo11.com.
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