Amados Irmãos,
Cada vez mais Estudantes da Luz nos procuram afirmando que não conseguem meditar e perguntando o que fazer para conseguir ...
Como consideramos a Meditação uma Prática Espiritual essencial para a elevação da consciência (se não a mais importante e primordial), achamos indispensável esta Prática de forma correta.
E afirmamos, a todos e a cada um: TODOS SABEM COMO MEDITAR, POIS A MEDITAÇÃO FAZ PARTE DE NOSSA NATUREZA SAGRADA!
Abaixo um vídeo, montado pelo TEMPLO DO SOL, com instruções sobre o assunto e depois o texto, para quem desejar estudar com mais calma.
Se for copiar e divulgar em outras redes, solicitamos a gentileza de respeitar os créditos e citar a Rede de origem.
Shanti!
Mharcya de Sá
TEMPLO DO SOL
Meditação
Meditação é a sua natureza
A mente não pode penetrar na meditação; onde a mente termina, a meditação começa. Isso tem de ser lembrado, porque em nossa vida, o que quer que façamos, fazemos através da mente; o que quer que consigamos, conseguimos através da mente. E então, quando nos voltamos para dentro, começamos novamente a pensar em termos de técnicas, métodos, atos, porque o todo da experiência da vida nos mostra que tudo pode ser feito pela mente. Sim – exceto a meditação, tudo pode ser feito pela mente. Tudo é feito pela mente, exceto a meditação. Porque a meditação não é um feito – é a sua natureza. Não tem de ser conseguida; tem apenas de ser reconhecida, tem apenas de ser recordada. Ela está aí esperando por você – é só você voltar-se para dentro, e ela está disponível. Você a tem carregado sempre e sempre.
A meditação é a sua natureza intrínseca – ela é você, é o seu ser, não tem nada a ver com os seus atos.
Você não pode tê-la, nem pode não tê-la. Ela não pode ser possuída, ela não é uma coisa. Ela é você. Ela é o seu ser.
Meditação é estar alerta
Meditação é não fazer
Resposta: Não é preciso perguntar como meditar, apenas pergunte como permanecer não-ocupado.
A meditação acontece espontaneamente.
Apenas pergunte como permanecer não-ocupado, isso é tudo. Este é todo o truque da meditação: como permanecer não-ocupado. Então, você não pode fazer nada. A meditação florescerá.
Quando você não está fazendo coisa alguma, a energia se move na direção do centro, ela se assenta na direção do centro. Quando você está fazendo alguma coisa, a energia se move para fora. O fazer é um modo de se ir para fora. O não-fazer é um modo de se ir para dentro. A ocupação é uma fuga. Você pode ler a Bíblia, pode tornar isso uma ocupação. Não há diferença entre as ocupações religiosas e as ocupações seculares: todas as ocupações são ocupações, e o ajudam a se manter agarrado do lado de fora do seu ser. São desculpas para se permanecer do lado de fora.
O homem é ignorante e cego, e quer permanecer ignorante e cego, porque olhar para dentro é como entrar num caos. E é assim mesmo: dentro, você criou um caos. Você tem de encontrar esse caos e atravessa-lo. É preciso coragem – coragem para ser você mesmo e coragem para voltar-se para dentro. Não há nada que exija tanta coragem quanto isso – a coragem de ser meditativo.
Mas as pessoas que estão comprometidas com o lado de fora – ocupadas com coisas mundanas ou coisas não-mundanas, mas ocupadas do mesmo modo – pensam ...e criam uma ilusão em torno disso.
Meditação é testemunhar
Observar é a chave da meditação.
Observe a sua mente.
Não faça nada – nenhuma repetição de mantra, nem repetição do nome de Deus – apenas observe o que quer que sua mente esteja fazendo. Não a perturbe, não a evite, não a reprima; não faça coisa alguma. Seja apenas um observador. O milagre de observar é a meditação. Enquanto você observa, pouco a pouco, a mente se torna vazia de pensamentos; mas você não está adormecendo, está se tornando mais alerta, mais consciente.
Quando a mente ficar totalmente vazia, toda a sua energia se tornará uma Chama do Despertar. Essa Chama é o resultado da meditação. Então você pode dizer que a meditação é um nome para a observação, o testemunhar, o observar – sem qualquer julgamento, sem qualquer avaliação. Pela observação você de imediato livra-se da mente ...
Se você quiser entender exatamente o que é a meditação, Gautama Buda é o primeiro homem que lhe deu a definição certa e precisa: é testemunhar.
O que não é Meditação
. Uma religião: As religiões orientais sugerem técnicas meditativas aos seguidores, e isso acabou provocando um desvio de interpretação, no qual se imagina que meditação e religião do Oriente são a mesma coisa. A ligação entre tais correntes religiosas e a meditação é fácil de entender. A nossa cultura, judaico-cristã, apesar de pregar um Deus presente em todas as coisas, propõe uma oração para um Deus dual; e isso é bem entendido quando falamos em “orar para Deus que está no Céu”, ou seja, orar para Deus que está longe, nos Céus, separado e muito acima de nós. Tal abordagem tem o mérito de fazer com que nos sintamos cientes de que precisamos buscar o crescimento, e com isso diminui o inchaço doentio do ego. Porém, também traz consigo a imagem de um Deus que está fora de nós. Nas religiões orientais, ao contrário, prega-se a existência de um Princípio Divino interno, que na verdade é a essência de cada um de nós. Assim sendo, com uma Essência Divina, a busca de cada um consiste em esplêndido instrumento. Esse posicionamento, sem dúvida, induz à auto-observação, catalisando o crescimento individual, embora também crie a tendência à internalização exagerada, isolamento e menor troca social, o que também pode ser um retardo para o equilíbrio do meditador. Assim sendo, as práticas meditativas não pertencem à esta ou àquela cultura, ou à esta ou àquela religião, embora possam ter sido disseminadas a partir de focos específicos. É possível meditar na respiração com os budistas sem ser um budista; é possível meditar caminhando com os vietnamitas sem ser um vietnamita; é possível meditar girando com os sufis sem ser um sufi. Na verdade, mesmo em outras comunidades muito antigas já se conheciam práticas meditativas, como entre os índios americanos e os esquimós. O que ocorre, e frequentemente causa confusão, é que algumas práticas foram criadas sobre princípios de alguma tradição religiosa, que precisam ser explicados no momento de ensiná-las. Vamos supor que você esteja em um curso de canto gregoriano, por exemplo, e a peça que vai ser ensinada hoje é baseada no amor de Maria pelo menino Jesus. É claro que o professor, para explicar a interpretação que deverá ser dada pelo coro, terá que inserir a todos no contexto em que a peça foi criada, e por isso começa a relatar como o autor inspirou-se na amorosidade de Mãe Maria. Se alguém entrasse na sala de canto neste momento, pensaria tratar-se de uma aula de religião, porque a conversa poderia lembrar um sermão de igreja; porém, tanto o professor quanto os alunos poderiam até ser ateus, pois o aprendizado da prática não exige que se incorpore a crença religiosa. Para se meditar, não é preciso pertencer a alguma religião específica. Não é preciso deixar de pertencer a alguma religião específica. Não é preciso ter religião.
. Uma filosofia: Como vimos acima, várias culturas já foram berços de técnicas meditativas. Mesmo em tribos africanas e entre cristãos da antiguidade, já foram detectadas práticas de meditação. Por isso, para aprender a meditar, não é preciso preocupar-se em aprender princípios filosóficos desta ou daquela cultura. Os orientais, por muito tempo, pecaram por se comportar como um coração constantemente em diástole, voltados para si, evitando o contato, o toque e a exposição dos sentimentos. Enquanto isso, os ocidentais tendem a se comportar como um coração em permanente sístole, voltados apenas para o exterior, para as relações sociais e a exposição de idéias e sentimentos (mesmo que falsos), evitando parar e olhar para dentro de si. Como vemos, o equilíbrio não é ocidental ou oriental, e se buscamos o equilíbrio através da meditação, devemos buscá-lo independentemente de valores culturais. Um meditador não é “versado nisto ou aquilo”, mas sim alguém que deseja viver a agradável aventura de experimentar as práticas meditativas sem perder a capacidade de relacionar-se.
. Uma prática que exige mudanças: Nada é “exigido” a quem deseja aprender a meditar. Não é necessário adotar uma religião e nem aprender uma filosofia. Não é preciso ser esotérico, nem gostar de incensos e nem usar roupas indianas. Não é preciso tornar-se sisudo, nem mudar a postura social, nem deixar de sair à noite. Caso ocorra alguma mudança, ela deverá acontecer “de dentro para fora” e será tão espontânea, tão natural, que não poderá causar nenhuma sensação opressora em você.
Publicado por Mharcya de Sá do site Comando Estelar
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